sábado, 23 de novembro de 2013

UMA GREVE POR DIGNIDADE


*Orismar Holanda é presidente do Sindipetro Ceará/Piauí.
 
Essa brava gente petroleira sabe o que faz e o que quer: a greve, uma característica da luta de classe, além das questões econômicas, veio com uma mensagem clara em dois temas diretos: a luta por dignidade, respeito, segurança nas operações e preservação da saúde. Quando se fala em dignidade, respeito, estamos falando principalmente de algo que é doloroso para o trabalhador e que termina chegando ao seu lar, atingindo também a sua família: o assédio moral. Uma atitude covarde que vem acontecendo em todas as instâncias de relacionamento profissional no mundo do trabalho e, aqui, no Sistema Petrobrás, não é diferente, também acontece. São muitos os relatos chegados ao sindicato, há casos citados até do assédio moral ultrajado pelo assédio sexual, o que dá mais repugnância e torna mais agravado esse ato de violência. Vamos lutar contra isso. A maior arma nessa luta é a denúncia. Portanto, se o companheiro(a) se sente vítima dessa situação, não interessa quem seja o agressor(a), comunique ao sindicato. Não deixe que os casos se avolumem. Entre nessa luta!
Na busca pelo reconhecimento àqueles(as) que nos antecederam no processo de construção do Sistema Petrobrás, em condições muito mais adversas às atuais, uma importante vitória: a garantia dos três níveis referentes aos ACTs de 2004, 2005 e 2006 para aposentados(as) e pensionista, mas que ainda requer bom trato negocial nos 180 dias que se seguem como assim ficou acordado.
E por fim, a grande batalha da categoria petroleira contra o governo federal que em favor do Mercado e dos interesses internacionais levou a leilão o campo de Libra. A maior reserva de petróleo e gás offshore já descoberta no mundo. Essa batalha, perdemos; embora seja assunto do interesse da sociedade brasileira, poucos setores organizados entraram na luta além dos petroleiros, o MST e os movimentos sociais. E os partidos políticos, os da esquerda, principalmente, o que fizeram? Até onde sabemos, nada fizeram. Ficaram calados, anônimos ao fato, – “enquanto a carruagem passou, nem ao menos ladraram. Que cachorros!” -. Em tempos passados muita gente berrava aos microfones, soltava nota na imprensa, partidos políticos emitiam manifesto contrario a tudo isso. Não vimos uma nota, uma voz sequer. A FUP e os Sindicatos filiados, todos, entraram com ações civis publicas em seus estados de origem tentando através de liminar, pelo menos, suspender o leilão; nenhum juiz atendeu. Bom, essa batalha se foi, outras virão e com elas uma  certeza: precisamos estar unidos, todos na luta pela construção de uma sociedade justa.
 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

VOTE ORISMAR!

 
 
ORISMAR Holanda Gomes, é casado pai de 6 filhos, ingressou no movimento sindical em 1988. Um período crítico, de muitas greves de embate contra o projeto neoliberal que começava a ser implantado no Brasil. Privatizações, redução do quadro de empregados, perseguições e punições a dirigentes sindicais(multas e penhoras nas estruturas sindicais). O movimento sindical petroleiro reagia, greves históricas em 88/89 e 94/95. A luta pelo monopólio estatal do petróleo desafiava a reorganização das estruturas sindicais.
ORISMAR é técnico de Manutenção Sênior na Petrobras e Bacharel em História, sua formação humanista, lhe atribui muita paciência e habilidade no trato das questões e demandas da categoria. Seu prestígio e respeito em relação a toda a categoria no Ceará o conduziu à coordenação do SINDIPETRO-CE na gestão de 2002-2005, sendo reeleito nos mandatos seguintes até o atual. Seu compromisso é o de garantir uma visão classista que assegure a defesa incondicional dos interesses dos trabalhadores.
 
Suas principais plataformas de campanha são:

- Defender o Sistema Petrobras como o grande indutor do desenvolvimento nacional;
- Abrir diálogos em torno de políticas de RH que proporcionem valorização dos trabalhadores(as);
- Estabelecer espaços regionais de dialogo (seminários, encontros, meios eletrônicos) com a categoria petroleira para informar e esclarecer a cerca do trabalho desenvolvido no Conselho de Administração.
Porque votar ORISMAR HOLANDA

Em 2012, pela primeira vez os trabalhadores elegeram um representante para o Conselho de Administração na Petrobras, na Refap (agora incorporada), na TBG e na BR Distribuidora. Uma conquista que visava ampliar a participação dos trabalhadores nos principais fóruns de deliberação dessas empresas.
O Conselho de Administração da Petrobras é um órgão de natureza colegiada e autônomo dentro de suas prerrogativas e responsabilidades, na forma da lei e do Estatuto Social. Um órgão auxiliar, consultivo e deliberativo, responsável por administrar o negócio, direcionar decisões que tenham impacto estratégico, formulação de estatutos e regimentos, orientações e direcionamento de investimentos, alienação de bens, lançamento de ações em bolsas, etc. Quando ocorre algum impedimento legal dos principais executivos da empresa, o Conselho de Administração tem a responsabilidade de assumir o controle e restaurar os cargos afetados, para evitar que toda a empresa tenha prejuízos financeiros e de imagem. É composto por nove membros, eleitos em Assembleia Geral Ordinária para um mandato de um ano, permitida reeleição, sendo sete representantes do acionista controlador, um representante dos acionistas minoritários titulares de ações ordinárias e um representante dos acionistas titulares de ações preferenciais e desde o ano passado que é eleito 1 representante dos empregados da companhia(Lei 12.353/2010 aprovada nos últimos dias de governo de Luiz Inácio Lula da Silva). A medida é associada a boas práticas de gestão.
Nos casos de subsidiárias ou empresas controladas indiretamente, o papel pode caber a outra empresa estatal. O representante dos empregados será escolhido por voto direto e não poderá interferir em discussões sobre salários e benefícios. Nas reuniões, em caso de empate durante as deliberações, o presidente do conselho de administração deverá exercer seu poder de “voto de minerva”, anteriormente a mudança do estatuto da empresa, essa decisão era facultativa.
 

 
PLATAFORMAS
 
O modelo de empresa que queremos é de uma empresa forte, indutora do desenvolvimento nacional. Uma empresa que pratique uma gestão balizada pelo Desenvolvimento Sustentável, que permita a nação a Soberania, principalmente na questão energética. Uma empresa que busque atuar de forma integrada no bloco Latino Americano.
Queremos uma empresa que se utilize das riquezas do petróleo para converter em cidadania plena do nosso povo. Defendemos a recuperação e conservação do existente e ampliação do parque de refino de petróleo nacional. O crescente investimento em capacitação e desenvolvimento de novas tecnologias, mas sempre buscando a plena valorização das pessoas, dos trabalhadores, como pilar mais importante na conquista do sucesso dessa companhia.
Acreditamos que no futuro esta empresa seja referência para o mundo pelo desenvolvimento e aprimoramento da industria de energias alternativas
Acreditamos na necessidade de por fim ao processo desumano e desigual de aplicação do método da terceirização na Petrobras. Todos os trabalhadores que empenham seus esforços na obtenção dos resultados dessa empresa são dignos de uma condição respeitosa de vida e de direitos.